1. PONTO DE PARTIDA
Quando as aulas da disciplina de Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem iniciaram estava encantada com as diversas teorias que o desenvolvimento humano apresentava, logo fiz relação com o meu desenvolvimento social, afetivo e psicológico.
O caso das meninas-lobos iniciou as questões e controvérsias das teorias do desenvolvimento e também gerou muitos conflitos internos, se o desenvolvimento partiria da teoria inatista, empirista ou interacionista.
Lembrei-me da minha infância quando fazia birras e minha mãe sempre repetia a mesma frase “- Essa menina puxou o gênio do pai...”, no mesmo momento comecei a refletir todas as vivências que tive e como a cada dia fui ficando mais parecida com o que afirmavam de mim, em contrapartida tive uma influencia muito significativa do meio em que cresci e as pessoas que fizeram e ainda fazem parte da minha vida, a interação que tive com essas pessoas atribuíram um papel significativo nas minhas ambições e até na minha profissão.
Segundo COLL(1995) “... o desenvolvimento psicológico é em grande parte a representação interna de relações interpessoais estáveis que a criança mantêm com o seu meio.”
A partir daí iniciei uma relação com o meu cotidiano escolar, a principio me recordei das aulas de graduação onde as teorias e a prática não pareciam ter sentido, apesar de se aplicar alguns conceitos eles não ficavam visíveis e muitas vezes pareciam ineficientes, as intervenções eram sempre partindo do pressuposto que o aluno nada sabia daquele assunto e que tudo teria que ser decorado para uma futura avaliação.
Fiquei muito abalada nas primeiras aulas devido a algumas manifestações negativas de alguns grupos da sala, visto que estas matérias já tinham sido lecionadas na graduação e que não seria novidade para a maioria, porém neste momento a intervenção da professora regente foi marcante e apresentou as possibilidades de novas aquisições.
Para RAPPAPORT(1991) “poderíamos dizer que novas questões movimentam o organismo no sentido de resolvê-las. Para tanto vai se utilizar das estruturas mentais já existentes ou então, quando estas estruturas se mostram ineficientes , elas serão modificadas afim de se chegar a uma forma adequada para lidar com a nova situação.”
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